domingo, 5 de junho de 2011




Venda porta a porta: atividade oferece boa rentabilidade
É raro encontrar alguém que não conheça um vendedor de porta a porta. O número de pessoas que buscam esse tipo de atividade para engordar o orçamento ou até mesmo viver de seus dividendos não pára de crescer no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Domus), o faturamento do setor - levando em consideração seus associados - teve um crescimento de 10,9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2000.

"Em tempos de dificuldades, é uma excelente oportunidade de trabalho. E os lucros são bastante convidativos: 30% em média", diz o presidente da Domus, Paulo Kuaglia. João Ribeiro, presidente e fundador da Associação Nacional dos Vendedores Autônomos de Porta a Porta (Anavapp), desde 1995, também concorda com ele.

"Conseguir emprego está difícil, por isso cada vez mais pessoas buscam essa alternativa", diz Ribeiro. Ele é dono da empresa de cosméticos Nemawashi, que conta com mais de 40 mil consultoras. Além disso, o empresário que saiu da Bahia aos 12 anos para se aventurar em São Paulo e foi vendedor de amendoim escreveu o livro Venda Porta a Porta: Uma Profissão de Sucesso, com dicas que acredita serem importantes para o sucesso no setor. "Há três coisas básicas para ter sucesso na atividade: ter conhecimento dos produtos que se vende, entusiasmo e querer trabalhar", afirma.

Domus, (0--11) 3168-5316 - Anavapp, (0--11) 6971-3687



SEGMENTO DE CUIDADOS PESSOAIS REPRESENTA 86%

Segundo a Domus, o segmento de cuidados pessoais (cosméticos, vestuário) representa 86% do mercado de vendas porta a porta, seguido pelas vendas de produtos para o lar, com 10%. Grandes empresas como a Avon e a Natura contam com verdadeiros exércitos de revendedoras - a maioria ainda é formada por mulheres. Na Avon são 700 mil e a Natura conta com 260 mil.

Outros segmentos também buscam seu espaço no mercado. A Moai Cosméticos, que há 11 anos comercializa cosméticos, maquiagem e semi-jóias, inovou suas vendas com produtos de higiene e embelezamento para cães. Em apenas um ano, a linha Planet Dog já responde por 5% do faturamento total da empresa

Oportunidade - Em julho, a Eurofeiras Promoções & Eventos realizou o primeiro evento voltado ao setor, a Feira de Oportunidade de Trabalho e Negócios Através da Venda Direta. "Arriscamos com o evento, mas o retorno valeu a pena", diz o diretor comercial Vicente Define Neto. A feira recebeu cerca de 7 mil visitantes interessados em revender ou representar uma das 62 empresas expositoras.

A próxima edição da feira está marcada para 25 a 28 de julho de 2002, no Expo Center Norte, em São Paulo. (G.G.)

Avon, 0800-125500 - Natura, 0800-115 566 - Moai Cosméticos, 0800-160 760 - Eurofeiras, (0--11)5565-6761



MUITOS CONCILIAM EMPREGO COM VENDA DIRETA

A maioria dos vendedores de porta a porta encontra na atividade a oportunidade de aumentar o orçamento mensal. A terapeuta e esteticista Vera Lúcia de Sousa Brigo e o garçom Francisco Gilberto da Cruz são exemplos disso. Ambos conciliam seus empregos com a venda de cosméticos. Vera vende produtos da marca Anna Pegova há oito meses, e acha que, se quisesse, daria para se sustentar só como vendedora.

"Quando a pessoa acredita que está fazendo bem às pessoas, o dinheiro é uma consequência", avalia. Segundo ela, em média dá para ganhar cerca de R$ 800,00 por mês. "No fim do ano, por exemplo, a procura por esse tipo de produto aumenta bastante", afirma. Ela tem a vantagem de trabalhar em uma clínica de estética e suas clientes de lá são alvo potencial para o consumo de produtos de beleza. "Cada vez mais as pessoas buscam alternativas para ficarem bonitas", diz.

Mas Vera avisa que o mais importante é conhecer os produtos que vende e realmente saber como devem ser usados. "Antes de tudo a vendedora tem de acreditar nos itens que está oferecendo", afirma.


Preconceito - É certo que esse mercado é dominado pelas mulheres, mas cada vez mais os homens descobrem uma boa fonte de renda nas vendas porta a porta. Há um ano Francisco Cruz vende cosméticos da Natura. "Quando minha mulher começou a vender os produtos eu só ajudava, mas depois percebi que era uma boa alternativa", diz.

Hoje ele aproveita os "bicos" que faz como garçom nos fins de semana para oferecer seus produtos. "Costumo trabalhar em clubes e aí tem muita gente para comprar", conta. Segundo ele, as reuniões da igreja que freqüenta também rendem bons frutos. "Em média dá para tirar R$ 500,00 por mês, mas esse valor varia bastante." Francisco acredita que ainda há muito espaço nesse mercado. "Acho que vale a pena", aconselha.

Hoje ele coordena mais quatro vendedoras. "É preciso estar sempre em busca de compradores", diz. Para garantir sua clientela ele decidiu manter um pequeno estoque dos itens que vende pelo catálogo, em casa. Para fazer o pedido à empresa, o revendedor precisa atingir um certo número mínimo de pontos - calculado pelo somatório de itens vendidos -, o que pode demorar um pouco. "Muita gente que compra, precisa do produto na hora, o cliente não gosta de esperar. Tendo um pouco em casa você não perde a venda", conta.



EX-VENDEDORAS MONTARAM EMPRESAS DERIVADAS DO RAMO

Transformar as vendas de porta a porta em uma empresa pode ser um bom negócio. As opções são variadas. A ex-vendedora Hortência Boscolo e sua filha, Doroti, deixaram de ser representantes há sete anos e criaram sua própria marca de cosméticos, a Mahar. Já Valéria Zabini e Márcia Vernille aproveitaram a experiência no ramo para montar a Leve em Caza, que oferece a estrutura do serviço de vendas diretas para as empresas que pretendem investir nesse filão.

"A Mahar foi criada com o dinheiro das vendas de porta a porta", diz Doroti. Hoje elas contam com cerca de 6 mil revendedores, dos quais 85% são mulheres. "É uma atividade apaixonante e cada vez mais pessoas encaram como profissão.", Doroti lembra que para ser vendedora é fundamental estar bem. "Não se pode levar os problemas pessoais para a casa do cliente, por exemplo. As pessoas já têm muito o que fazer e não querem mais preocupações", avalia. Para garantir essa qualidade, a Mahar investe em cursos de treinamento e reciclagem das revendedoras.


Assistência - Há quatro anos Valéria e Márcia deixaram as vendas diretas de comidas congeladas para oferecer suas experiências a empresas que pretendam começar no ramo de porta a porta. "É um trabalho terceirizado. Como já conhecemos o mercado, oferecemos toda a assistência necessária ao investidor", diz Valéria.

Segundo ela, começar nesse segmento é simples. "O principal é ter conhecimento do setor, e um computador. A estrutura a ser usada será da própria empresa que contratou os serviços."


Autor(a): Gabriela Gemignani

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